Recebi esse livro recentemente em parceria com a Editora Opala, que acabou de chegar no mercado editorial brasileiro. Confesso que até então, nunca havia lido uma distopia nacional e como gosto muito do gênero fiquei bem empolgada com o livro.
Em "A Rainha Perdida" somos apresentados a um mundo onde já não existe mais fome, pobreza, violência ou guerras. Todos tem direito a moradia, estudo, alimentação, saúde, roupas e itens de higiene fornecidos pelo governo. Porém em troca de ter todas as suas necessidades atendidas, todos devem trabalhar em média 14 horas por dia, desde os 15 anos até o final da vida.
O único benefício que os idosos acima dos 70 anos recebem é o de trabalharem sentados.
" Você não pode desejar o que não conhece."
Ellena mora no distrito Sete de um país chamado Aghaia, junto com os seus pais, avô e irmã mais nova.
O distrito é responsável pela produção de todo tecido necessário para o país, como roupas, lençóis e etc.
De tempos em tempos, os jovens mais talentosos de cada distrito são recrutados para se tornarem "admitidos" e irem viver na Capital.
Ninguém nunca viu a Capital e nem sabem muito bem como ela é, uma vez que os distritos são todos murados e a palavra liberdade já não existe mais, nem mesmo no dicionário. A única coisa que se sabe, é que a Capital é um lugar muito melhor para se viver.
Apesar de sempre ter sonhado secretamente em ser uma admitida, quando a realidade bate a sua porta, Ellena muda de opinião já que a ideia de deixar toda a sua família para trás e nunca mais vê-los e nem ter contato com eles é desesperadora.
"Um dia minha mãe me disse que os maiores problemas começam na dificuldade das pessoas se relacionarem. E que as maiores dores que sentimos é porque nos importamos demais com a opinião dos outros sobre nós e nossas ações."
Na capital ela irá encontrar uma realidade totalmente diferente de tudo que ela conhece, será admitida como escritora real, terá que morar no castelo e conviver de perto com o implacável rei Petrus, sua esposa e os seus filhos, os príncipes, Lukhas e Reed.
Com algumas cenas me lembrando um pouquinho a trilogia "A Seleção", me apaixonei pelo universo criado por Ana Cristina Melo e devorei a leitura em pouquíssimo tempo.
"Nem sempre os caminhos possíveis são os mais fáceis."
O romance é muito bem dosado junto com as descobertas de Ellena sobre Aghaia, sua história e funcionamento.
A autora soube desenvolver muito bem a história que é repleta de surpresas e a sua escrita conquistou completamente o meu coração. Esse foi um dos livros que mais marquei quotes dentre todos que li durante o ano. Só senti falta de capítulos narrados pelo príncipe Reed, e talvez alguns narrados por Lukhas também seriam bem interessantes.
"O ódio era o sentimento de ordem. As pessoas se odiavam por diferenças de pensamento, de comportamento, de cor, de religiões, de sexo, por qualquer motivo."
Infelizmente ou felizmente ele é apenas o primeiro livro de uma série e agora não sei como farei para segurar a ansiedade até que a sua continuação seja lançada.
"A Rainha Perdida" já está disponível para comprar na Amazon e também para os assinantes do Kindle Unlimited.
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